A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), tem intensificado o combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da dengue, do Zika Vírus e Chikungunya, na capital. Mesmo com a queda acentuada no número de notificações, os agentes de endemias seguem realizando, diariamente, visitas domiciliares em diversos bairros e regiões da cidade, seguindo todos os protocolos de proteção à Covid-19, para identificar possíveis focos do mosquito e orientar a população sobre os cuidados e a importância da prevenção.
“A Prefeitura tem intensificado o trabalho em janeiro e ele segue diariamente até dezembro. Estamos nessa luta diária no combate ao Aedes aegypt como parte das ações preventivas de Saúde na gestão do prefeito Eduardo Braide. Mesmo com o declínio acentuado dos casos de arboviroses, nossos agentes continuam, incansavelmente, visitando todas as casas e identificando os focos do mosquito. O nosso trabalho permanece intenso, porque nós temos que informar a população de que o combate do Aedes é em todo o ano”, reforçou o coordenador do programa de Arboviroses, Pedro Tavares.
Foto: DivulgaçãoDados do Programa de Arboviroses de São Luís, da Semus, apontam que, até este mês de julho, a capital maranhense ainda não registrou nenhum óbito por dengue. As notificações de casos da doença também seguem em declínio, com apenas 131 casos contabilizados até o momento. O número representa menos da metade do total de registros em todo o ano de 2020, que obteve 738 ocorrências.
Além disso, a Semus também registrou queda nas notificações de casos de Zika e Chikunguya, doenças que são transmitidas pelo mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti. Até julho, 32 casos e nenhum óbito por Chikunguya foram notificados na capital maranhense, enquanto em todo o ano de 2020, houve 49 casos e uma morte pela doença. Até o momento, 31 notificações por Zika Vírus foram registradas na capital.
Desde o início do ano, o monitoramento é feito, diariamente, por 315 agentes de endemias que atuam in loco no combate ao Aedes aegypti. Destes, 303 realizam visitas domiciliares em bairros da capital maranhense e 13 realizam um trabalho intenso nos pontos estratégicos e que são de maior vulnerabilidade, como cemitérios, sucatas e ferros-velhos.
A Prefeitura reforça que a população mantenha os cuidados contra as endemias e fiquem atentos a sintomas que possam indicar a infecção pelo Aedes aegypti. O coordenador do programa de Arboviroses pede a ajuda da população para os cuidados e a visita das equipes de endemias.
“Vamos continuar realizando as visitas nas casas. É importante que algum morador receba os agentes e que todos possam seguir as medidas de cuidado que eles repassam”, disse.
Protocolo sanitário
Foto: DivulgaçãoA forma de trabalho dos agentes precisou ser adaptada, devido à pandemia de Covid-19. Por isso, as visitas domiciliares são feitas com o auxílio de luvas e máscaras de proteção facial, além do uso indiscriminado do álcool em gel, medidas sanitárias para garantir também a prevenção ao novo coronavírus. O distanciamento social entre os agentes e moradores também é mantido, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde (MS).
Após a autorização do morador, os agentes adentram na residência e tentam identificar locais com água parada, onde o mosquito deposita os ovos. A partir disso, o agente elimina os possíveis criadouros, com o auxílio de um larvicida, evitando a proliferação de novos mosquitos. Em seguida, o morador recebe novas orientações como, por exemplo, tampar reservatórios de água, manter as calhas sempre limpas, deixar garrafas viradas, manter lixeiras tampadas, preencher pratos de vasos de plantas com areia, dentre outros cuidados.
Foto: Divulgação
Maria José Matos, moradora do bairro Monte Castelo destaca a importância do trabalho de combate à dengue.
“É muito importante, para evitar a dengue e outras doenças. Os agentes vão vendo o que está cheio de larvas e vão nos alertando sobre esses perigos que são causados pelo mosquito. Por isso, eu acho que é um trabalho muito bom de conscientização da população”, disse.
Dados
Dengue
Zika
Chikungunya
FONTE – AGÊNCIA SÃO LUÍS