O Maranhão tem 37 municípios que integram a região Amazônica e recebem, de alguma forma, tratamento diferenciado no financiamento da Agricultura Familiar. Para esclarecer mais sobre esse trabalho, o ‘Café com Notícias’ desta quinta-feira (2), na TV Assembleia, recebeu Dione Freitas, que é coordenadora do Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (Pages).
A gestora detalhou que esses 37 municípios estão distribuídos por três regiões do estado, chamadas Unidades de Campo, e reúnem cidades do entorno de Santa Inês, Maracaçumé e Açailândia. “A sede do Pages fica aqui, na Secretaria de Agricultura Familiar, em São Luís, e tem essa três Unidades de Campo, que ficam mais próximas dos municípios que serão atendidos”, observou.
Dione Freitas relatou que essa é a primeira vez que o financiador, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, que já tem histórico de ações no Nordeste e semiárido, vem trabalhar na região Amazônica do Maranhão. O recurso, oriundo da Alemanha, é da ordem de 17 milhões de dólares, com contrapartida do governo do Estado de R$ 16 milhões.
“A gente vai trabalhar com 20.000 famílias de agricultores e agricultoras familiares e se a gente pensar que cada família tem, em média, quatro pessoas, vai dar 80 mil pessoas. E, desse público, 50% serão mulheres”, assinalou.
O trabalho também abrange jovens e povos de comunidades tradicionais, pois na área de abrangência do projeto há cinco Terras Indígenas, caso da Arariboia, Awa e Alto Turiaçu. “Com essa população, vamos trabalhar fortemente a questão ambiental, de recuperação ambiental, então, uma entrega do Pages é exatamente a recuperação de 3.000 hectares de áreas degradadas. E, para a recuperação dessas áreas, a gente vai trabalhar com viveiros, com casas de sementes”, detalhou a coordenadora do Pages.
Projetos produtivos
Outra ação desenvolvida são os Projetos Produtivos de Gestão Integrada e Sustentável. “A gente vai para as comunidades ver o que elas já têm de potencial, o que elas produzem e o que elas querem desenvolver. A gente, junto com a assistência técnica que o projeto vai fornecer, vai elaborar projetos produtivos para essas famílias, pensando na segurança alimentar, que elas precisam ter, na produção de alimento saudável; na questão ambiental também; e na geração de renda”, resumiu.
Dione Freitas afirmou que, além disso, o Pages também trabalha com tecnologias sociais, como estruturas para o armazenamento de água em localidades mais carentes do produto.
FONTE: ALEMA