Fundadora e presidente da entidade, professora Graça Maria Oliveira Soares, foi entrevistada nesta segunda-feira
A fundadora e presidente da ONG Arte Mojó, professora Graça Maria Oliveira Soares, foi entrevistada nesta segunda-feira (2), no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM). Na conversa com a radialista Maria Regina Telles, a gestora fez uma explanação sobre os projetos sociais desenvolvidos pela entidade, fundada no ano de 2004, na comunidade Mojó, município de Paço do Lumiar.
Graduada em Educação Artística pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Graça Soares informou que a ONG, com uma equipe de voluntários, desenvolve projetos na área da educação ambiental, entre eles o ‘Movimento Aberto Mangue Sem Lixo’ que, segundo ela, já retirou cerca de quatro toneladas de lixo do leito do Rio Mojó.
Outro projeto é o ‘Móveis da Maré’, que funciona como uma oficina para estudantes na fabricação de pequenos móveis oriundos de materiais recolhidos do lixo. “Todo último domingo de cada mês, nós fazemos catação de lixo no mangue do Rio Santo Antônio, popularmente conhecido como Rio do Mojó”, afirmou Graça Soares.
Ela acrescentou que um outro projeto importante da ONG é o ‘Cine Mangue’, que produz pequenos vídeos sobre catação de lixo e temas relacionados à educação ambiental. A ação ganhou um prêmio no festival Cine Carimã, promovido pela Casa d’Arte, coordenada pela ambientalista Luzenice Macedo.
“A nossa ação mais recente é o projeto ‘Rios em Agonia’, que iniciamos há apenas três meses, em parceria com professores da Pro-Reitoria de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Maranhão. Com este projeto, nós estamos aferindo a qualidade da água, a partir de esgotos lançados por prédios construídos no entorno de comunidades, como Iguaíba e Maracajá”, declarou.
Origem
Ambientalista, que também gosta de trabalhar com teatro em comunidades, e como artista plástica tátil, que produz pinturas para cegos, Graça Soares assinalou que a ONG Arte Mojó nasceu originária de sua monografia de conclusão de curso, defendida na UFMA no ano de 1996.
“Eu defendi na minha monografia o tema ‘Fibras naturais no processo criativo da arte-educação’, depois de uma pesquisa de campo, realizada na comunidade do Mojó, e daí resultou, no ano de 2004, a criação desta nossa ONG”, frisou Graça Soares.
Ela declarou que, além das equipes de voluntários, a ONG conta também com parcerias de diversos órgãos e entidades, entre os quais a Vara de Interesses Difusos e Coletivos, na pessoa do juiz de Direito Douglas Martins; a Associação de Mulheres Artesãs de Mojó, a Orla Viva, o Tambor Brinquedo de Mojó, a Associação de Trabalhadores Rurais de Mojó e a Quinta do Azulejador, do artista Paulo César de Carvalho.
“Agora, estamos alinhavando uma parceria com o Ibama, para fortalecer estes nossos projetos de educação ambiental em toda a área do Mojó”, ressaltou Graça Soares.
FONTE: ALEMA